ICMS baiano confirma nova tendência e volta a crescer em fevereiro, aponta IAF
Com quase 1,3 bilhão, a arrecadação de ICMS do mês de fevereiro deve superar em mais de 15,7% o mesmo período do ano anterior, confirmando uma tendência de crescimento já esboçada em janeiro, quando alcançou mais de 1,5 bilhão, surpreendendo políticos e membros da equipe econômica do governo não ligados diretamente a Secretaria da Fazenda que, ao que parece, já esperavam os resultados.
Para a economista e auditora fiscal, Lícia Maria Soares, presidente do Instituto dos Auditores Fiscais do Estado da Bahia - IAF, o aumento da arrecadação é reflexo do trabalho e dedicação dos auditores fiscais, que a partir de uma requalificação da equipe gestora da SEFAZ puderam realizar um trabalho voltado à aplicação de novos conceitos e uma metodologia mais eficiente na arrecadação, pautando um modelo de administração tributária, totalmente novo com relação ao que existia no início do governo. "Entre 2007 e 2011, a Bahia ficou em último lugar no crescimento de arrecadação do ICMS, dentre todos os estados da Federação e isso se deveu não apenas à demora para se enfrentar a guerra fiscal, mas, sobretudo, à aplicação de inúmeras políticas tributárias equivocadas", afirmou a presidente Lícia Soares.
O fato é que o aumento de arrecadação abre perspectivas para novos investimentos, principalmente na área de infraestrutura, criando o denominado circulo virtuoso econômico, conforme explicou a economista: "maior arrecadação implica em mais investimentos em infraestrutura; mais investimentos em infraestrutura propiciam novas oportunidades de negócios; novas oportunidades de negócios criam mais postos de trabalho; mais postos de trabalho se traduzem por uma política inclusiva que resulta em um aumento de consumo; o aumento de consumo demanda uma maior produção e uma maior circulação de mercadorias, que resultará em um aumento de arrecadação de impostos", explicou a presidente do IAF.
A presidente do IAF, Lícia Soares, ainda apontou uma sistemática de tributação mais justa e simplificada, uma maior eficiência na cobrança dos débitos inscritos no Serviço de Dívida Ativa e uma política de recuperação empresarial insculpida em um moderno REFIS, como alternativas para o aumento da arrecadação. “Precisamos aumentar a base de nossa economia, através da atração de novos investimentos, novas oportunidades de negócios e uma política mais inclusiva, estando mais atento ao que acontece ao nosso redor, principalmente na área de arrecadação. A Bahia precisa ser mais competitiva para voltar à posição de vanguarda que sempre ocupou na economia nacional”, afirmou Lícia Soares.
Ao se confirmar a tendência no aumento da arrecadação estadual, o Estado da Bahia deverá superar em mais de 2 bilhões a arrecadação prevista originalmente, dando um novo fôlego ao governo Wagner.